Quatro da manhã

O David gosta de aproveitar ao máximo os seus dias, sempre com muita alegria e brincadeira. Até agora as noites sempre foram calmas com excepção das alturas em que ele está doente ou quando lhe apetece petiscar qualquer coisa  fora de horas e que obriga a um biberão extra durante a noite. 

Mas se o dia tem 24 horas porque não rentabilizar o tempo ao máximo e acordar às 4 da manhã para saltar e gritar a plenos pulmões coisas tão divertidas como "agá, agá, agá" ou mesmo "bá, bá, bá"? Pois, as últimas noites têm sido assim e um de nós fica como zombie de serviço a tentar a todo o custo que ele volte a adormecer sem qualquer sucesso. Depois, no caderninho da creche vem lá sempre a indicação que o senhor David passou a manhã toda a dormir. Pudera, também eu passava se pudesse. Espero que seja uma fase e que passe muito rápido porque a despesa em corrector de olheiras está a tornar-se incomportável. 

Sempre a descer

Finalmente a tão falada vergonha na cara chegou aqui. A gravidez é uma desculpa tão boa como outra qualquer para aumentar de peso e eu usei e abusei dela para justificar os meus devaneios gastronómicos. Depois do nascimento do David as desculpas continuaram, desta vez com a amamentação. Nesta fase tive mesmo duas enfermeiras a proibirem-me de fazer qualquer tipo de dieta ou restrição que eu interpretei  da forma que mais me convinha e que era comer tudo o que me apetecesse.

Passados 10 meses, finalmente ganhei algum juízo e comecei a comer bem. Não estou a fazer dieta, apenas deixei de fazer asneiras todos os dias. E os primeiros resultados estão à vista, roupas que voltaram a servir, cintos que precisam de mais um furo para não ficarem a dançar e a balança que não mente. Ainda tenho um longo caminho pela frente mas com paciência e força de vontade chego lá. 

Afinal, se não tenho ossos largos, nem engordo com a água e não tenho problemas na tiróide só depende de mim atingir o peso ideal e melhorar a minha saúde.